Hoje aconteceu a defesa de Mestrado de Jailton Venilson Ferreira da Silva com o título "DIVERSIDADE DE BRIÓFITAS EPÍXILAS EM UMA FLORESTA DE ALTITUDE NO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL", orientado pela Profa.Dra. Emilia de Brito Valente e co orientação do Dr. Hermeson Cassiano Oliveira e Dr. Pedro Manuel Villa . Participaram da Banca: Profa.Dra. Aline Matos de Souza e Profa.Dra. Dra. Luciana Carvalho dos Reis.
Resumo: Os troncos em decomposição são importantes substratos para a manutenção da diversidade de briófitas epíxilas; no entanto ainda são limitadas as pesquisas que avaliem padrões de riqueza e composição de espécies. O objetivo do presente trabalho foi estudar e caracterizar as comunidades de briófitas epíxilas de uma área de floresta de altitude no Estado do Ceará, Brasil. Foram amostrados 40 troncos para análise, para determinar o nível de decomposição do tronco, foi utilizado uma faca, medindo e determinando a profundidade de penetração da mesma: 1. Faca não penetra no tronco (Decomposição inicial), 2. Penetra um centímetro (Decomposição intermediária) e 3. Penetra vários centímetros (Decomposição avançada), em cada um dos troncos foi delimitada uma parcela de 35x15 cm (525cm²), além disso, foram coletadas e analisadas amostras de briófitas em 62 troncos distribuídos em diferentes pontos da área de estudo. Foram identificadas 54 espécies de briófitas, distribuídas em 34 gêneros e 18 famílias. A divisão Bryophyta apresentou 37 espécies (25 gêneros e 13 famílias), enquanto Marchantiophyta resultou em 17 espécies (nove gêneros e cinco famílias). Das espécies encontradas, oito correspondem a novos registros para o estado do Ceará. Brittonodoxa subpinnata (Brid.) W.R. Buck, P.E.A.S.Câmara & Carv.-Silva e Lejeunea phyllobola Nees & Mont foram as espécies com maior ocorrência. A maioria das espécies possui uma ampla distribuição geográfica no Brasil, a exemplo de: Syrrhopodon prolifer Mont., Otoblepharum albidum Hedw., Microcalpe subsimplex (Hedw.) W.R. Buck e Entodontopsis leucostega (Brid.) Buck & Ireland. Lejeuneaceae, foi a família com maior riqueza específica. Esta família é abundante nos trópicos, possui elevada amplitude ecológica, e necessita de altas taxas de umidade e temperatura. A análise de variância mostrou não haver diferenças significativas para a riqueza de espécies, tampouco para a cobertura entre os três níveis de decomposição. A análise de agrupamento mostrou que não existem grupos formados entre os três níveis de decomposição do tronco, os grupos possuem alta similaridade, o NMDS corroborou com a análise de agrupamento. Os resultados obtidos representam uma importante contribuição para o conhecimento das briófitas epíxilas no Brasil, esses novos dados servirão de subsídios para pesquisas futuras e reforça a importância da conservação nestas áreas estudadas.
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