sexta-feira, 31 de março de 2023

Defesa de Mestrado de Gledson Julio da Silva

Hoje aconteceu a defesa de Mestrado de Gledson Julio da Silva com o título “Revisão e conservação do gênero Breutelia (Bartramiaceae, Bryophyta) para o Brasil”, orientado pelo Doutor Denilson Fernandes Peralta. Participaram da Banca: Dra. Juçara Bordin e Dr. Hermeson C. Oliveira.



terça-feira, 28 de março de 2023

Defesa de Doutorado de Wilton Ricardo Sala-Carvalho

Hoje aconteceu a defesa de Wilton Ricardo Sala-Carvalho com o título “Título: Metabolômica de Brittonodoxa subpinnata (Brid.) W.R. Buck, P.E.A.S. Câmara & Carv.-Silva (Sematophyllaceae): implicações da sazonalidade e do domínio fitogeográfico”, orientado pela Doutora Dra. Cláudia Maria Furlan. Participaram da Banca: Dra. Helena Mannochio Russo, Dra. Alexandra Christine Helena Frankland Sawaya e Dr. Marcelo José Pena Ferreira.

Um resumo: Briófita é o segundo maior grupo de plantas terrestres. Tradicionalmente é dividido em três linhagens, Marchantyophyta (Hepáticas), Anthocerotophyta (Antóceros), and Bryophyta (Musgos), todos com uma grande importância ecológica. Mundialmente estima-se cerca de 19000 espécies, sendo 11000 de musgos, 7500 de hepáticas e 200 de antóceros. No Brasil, são reportados 117 fámilias e 413 gêneros, com ocorrência de 1524 espécies (880 de musgos, 633 de hepáticas, e 11 de antóceros). Apesar de sua grande biodiversidade, existem poucos estudos químicos com Bryophyta. Menores são os estudos envolvendo a relação entre condições ambientais e o perfil metabólico, a interface química entre a planta e seu local de ocorrência. Metabolômica é uma ferramenta que consiste em quantificar e caracterizar um conjunto de dados sobre os metabólitos de uma matriz biológica usando diferentes técnicas (CG, HPLC), acoplado a diferentes detectores (DAD-UV/Vis, RMN, MS), juntamente com técnicas de desreplicação para aumentar a eficiência de trabalho. Devido à grande importância ecológica desse grupo de plantas e aos poucos estudos químicos reportados na literatura, este estudo teve por objetivo contribuir com o conhecimento sobre a diversidade química da brioflora Brasileira. Foi feita uma busca nas maiores bases de dados científicas, como SciFinder, Web of Science, PubMed, Scielo, e Reaxys, usando uma combinação da palavra-chave bryophytes com compounds, chemical constituents, substances, phenolic, chemical characterization, e extract. Somente uma pequena porcentagem das espécies de musgos foram quimicamente estudadas, com a maioria dos estudos sendo publicados na última década. O surgimento de novos equipamentos, que podem produzir espectros de alta resolução com pequenas quantidades de amostras, combinado com ferramentas de bioinformática, podem contribuir para o aumento da investigação química em musgos. Brittonodoxa subpinnata, uma espécie achada naturalmente no Brasil, foi escolhida para este estudo, coletada em 4 áreas (2 no cerrado e 2 no domínio da Mata Atlântica) em duas estações (seca e chuvosa). O material vegetal foi congelado, pulverizado e submetido a dois processos de extração: 1. Metanol seguido por uma partição com clorofórmio e água, para análise por CG-MS; 2. Metanol 80% seguido por hidrólise alcalina para obter uma fração solúvel e uma insolúvel (conjugado da parede celular) para análise por HPLC-MS2. O conjunto de dados foi analizado e desreplicado usando principalmente a biblioteca do GNPS e as bases de dados Reaxys, SciFinder, e NUBBEdb. Os resultados foram correlacionados com as condições ambientais de cada local de coleta.. Um total de 928 picos foram detectados nos quatro extratos de B. subpinnata analisados, desses somente 189 (20,4%) dos picos foram anotados, com a maioria sendo açucares, ácidos graxos, flavonoides e biflavonoides. Três das quatro condições ambientais analisadas tiveram influência significativa sobre a abundância dos compostos nas amostras: temperatura e umidade do ar sendo as mais correlacionadas com maiores abundâncias, seguido pela radiação solar.