sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Defesa de Doutorado de Jéssica Soares de Lima

 Hoje aconteceu a defesa de Doutorado de Jéssica Soares de Lima com o título "Regionalidade de Briófitas nos Domínios Fitogeográficos Brasileiros", orientado pela Dr. Denilson Fernandes. Participaram da Banca: Profa.Dra. Aline Matos de Souza, Prof.Dr. Danilo Soares Gissi, Profa.Dra.  Juçara Bordin e Profa.Dra. Mércia Silva.


RESUMO: Os levantamentos sobre briófitas são essenciais para aprofundar o conhecimento sobre a biodiversidade, identificar áreas prioritárias para conservação, mapear a distribuição das espécies e desenvolver políticas eficazes de manejo ambiental. Este trabalho, que se baseou em uma ampla revisão bibliográfica de artigos publicados até novembro de 2024, compilou dados de 44 estudos cobrindo 49 localidades no Brasil, resultando no registro de 1.347 espécies de briófitas, incluindo informações sobre seus hábitos e localização geográfica. Dentre essas espécies, 177 são endêmicas do Brasil, sendo destacadas como importantes indicadoras do grau de preservação das áreas em que ocorrem. A Mata Atlântica destacou-se como o domínio mais biodiverso, abrigando 711 das 908 espécies classificadas neste estudo como regionais. A distribuição das briófitas nos diferentes domínios está fortemente relacionada às condições ambientais e ao tipo de substrato disponível. As estratégias reprodutivas e adaptações morfológicas das briófitas se mostram importantes para a sobrevivência das espécies em seus diferentes ambientes. Espécies com ampla distribuição em todos os domínios brasileiros exibem características adaptativas notáveis, como por exemplo a produção de gemas. As relações florísticas entre as diferentes fitofisionomias da Mata Atlântica, mostrou que as briófitas endêmicas desse bioma, especialmente os musgos, têm uma forte preferência por troncos como substrato. A variação nas fitofisionomias da Mata Atlântica, que inclui desde vales úmidos e estáveis até afloramentos rochosos expostos a condições extremas como fogo e frio, também influencia a composição e distribuição das espécies de briófitas endêmicas desse domínio.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Defesa de Mestrado de Camila de Oliveira Castro

 Hoje aconteceu a defesa de Mestrado de Camila de Oliveira Castro com o título "Para além das cavernas: revelando e ampliando o conhecimento sobre os musgos (Bryophyta) de ecossistemas caverní­colas", orientado pelo Prof.Dr. Paulo Eduardo A.S. Câmara. Participaram da Banca: Prof.Dr. Denilson Fernandes Peralta e Profa.Dra. Cássia Munhoz.


RESUMO: Os musgos (Bryophyta) ocupam uma ampla variedade de habitats, dominando diversos ecossistemas, incluindo os ambientes cavernícolas. No entanto, o conhecimento acerca da brioflora em cavernas de litologia ferrífera no Brasil, ainda permanecem negligenciados, carecendo de informações sobre a distribuição do grupo nas cavidades e em seu entorno. Objetivamos I) investigar quais espécies de musgos (Bryophyta) ocorrem em seis cavidades ferrí­feras nas localidades do Parque Nacional da Serra do Gandarela (PARNA-SG) e Chapada de Canga no QFe,  II) Verificar se há um compartilhamento de espécies entre as cavernas analisadas III) Verificar se as cavernas apresentam diferenças quanto a riqueza e diversidade de esp de musgos IV) Examinar os padrões de similaridade e diferenciação na distribuição das espécies em diferentes substratos nas seis cavidades V) Investigar se há diferenças nos fatores físico-químicos do solo das cavidades que possam influenciar a dinâmica das espécies de musgos associadas a essas Áreas. O total de espécies encontradas representa 6,9% do total de espécies existentes no pais, incluindo registros novos para Minas Gerais.  Os conjuntos de cavernas analisadas para as regiões PARNA-SG e Chapada de Canga se diferenciam quanto a diversidade, riqueza e composição de espécies e em relação a distribuição das mesmas quanto aos diferentes substratos disponíveis em cada Área, bem como as características físico-químicas do solo, onde o conjunto PARNA-SG apresentou maior riqueza e diversidade de espécies do que o conjunto da Chapada de Canga. Quando comparadas entre si, as cavernas de cada região apresentaram um agrupamento semelhante para os Índices de riqueza (q=0) e diversidade (q=1 e q=2), onde as cavernas de seus respectivos locais permaneceram próximas, com a caverna G6 apresentando maior riqueza de espécies e juntamente com a G5 apresentou maior diversidade em relação Ã s demais. As cavernas com menores Índices de diversidade e riqueza pertencem ao conjunto da Chapada de Canga, Área que sofre grandes impactos ambientais.